Amigos, na minha mais recente viagem à Itália, eu visitei o museu com a coleção da Peggy Guggenheim em Veneza e fiquei emocionada. O acervo tem obras que a mecenas acumulou ao longo de seus 81 anos de vida, com trabalhos marcantes do Surrealismo, do Cubismo e do Futurismo, entre outros movimentos artísticos.
Quando visitei a coleção da Peggy Guggenheim em Veneza, estavam expostas obras como Maiastra (Brancusi, 1912), Il clarinetto (Georges Braque, 1912), La pioggia (Marc Chagall, 1911), La torre rossa (Giorgio de Chirico, 1913), Scatola in una valigia (Marcel Duchamp, 1941), Il bacio (Max Ernst, 1927), Croce bianca (Vasily Kandinsly, 1922) e Busto di uomo (Pablo Picasso, 1939). Imaginem que aula de arte, amigos!

Peggy Guggenheim começou sua coleção cedo: filha do magnata da mineração Benjamin Guggenheim e de Florette Seligman, pertencente a uma das mais ricas famílias de banqueiros americanos, não lhe faltavam dinheiro nem repertório. Em 1921 se muda para Paris e fica amiga de diversos artistas da época, como Constantin Brancusi, Djuna Barnes e Marcel Duchamp. Em 1938, abre sua primeira galeria de arte, em Londres. Assume, então, o compromisso pessoal de comprar “um quadro por dia”, segundo ela mesma divulgou.

Excêntrica, a mecenas das artes pediu para que enterrassem seus cachorros e suas próprias cinzas no belíssimo jardim da propriedade – o igualmente belo Palazzo Venier dei Leoni. Lá, ela viveu por 30 anos, junto ao Canal Grande. Hoje é onde fica a sede do museu com a coleção da Peggy Guggenheim em Veneza.
Fotos: Reprodução/Facebook @thepeggyguggenheimcollection