A Raquel Arnaud é minha amiga há 40 anos e também a penúltima entrevistada da série “Galeristas”. Todas as obras que já comprei dela valorizaram, então imaginem a experiência dessa mulher! Aliás, ela foi uma das responsáveis pelo meu amor pela arte.
A galeria que leva seu nome é linda e ela valoriza muito a arquitetura. “Acho muito importante que a arte seja bem apresentada, em um cenário com uma bela arquitetura. Desde que, em 1980, comecei a trabalhar com obras tridimensionais, passei a precisar de mais espaço e comprei um terreno. Quando construí, chamei Ruy Ohtake para o projeto”, recorda.
Ela conta que criou um Instituto de Arte Contemporânea que reúne o acervo de oito artistas, inclusive o espólio do Sergio Camargo. Hoje, Raquel Arnaud representa 18 artistas. “Prefiro que não sejam muitos”, diz. E elege os grandes nomes da arte brasileira recente: Willys de Castro, Mira Schendel, Lygia Clark e Sergio Camargo. Com o espólio dele – que inclui 9.000 documentos -, aliás, Raquel fez uma mostra itinerante que passou por vários países, coletando outras obras suas.
Nesses 45 anos de galeria, pedi para Raquel fazer um balanço. O que ela falou? Vou deixar vocês assistirem ao vídeo acima para saber…