Passado o dia das mães, uma polêmica envolve o universo animal: tem mulher que se ofende com o termo mãe de pet, criado para quem não tem filhos, mas trata seu bicho de estimação como um.
A polêmica acontece porque dizem minimizar o esforço de quem cuida de filhos e casa, em uma tarefa difícil e cheia de responsabilidade. Afinal, cuidar de um cachorrinho – ou gatinho – não chega perto das dificuldades de educar uma criança.
Só que o Estadão (leiam aqui) traz um novo elemento para a briga que diz que mãe de pet não é mãe: uma reportagem publicada na semana passada traz um estudo feito com tutoras de cães que mostram que os hormônios liberados pela relação com os peludos são os mesmos liberados pela relação com bebês humanos. Sobretudo a ocitocina, conhecida como hormônio do amor.
“Assim como o ser humano, cães são animais que vivem em grupo. A vida social pode trazer benefícios e custos a todas as espécies sociais. Todavia, os benefícios acabam sendo maiores para o caso de cães e seres humanos. Para a manutenção das relações e do grupo, há a liberação de ocitocina no cérebro. Assim, os indivíduos sentem prazer de estar na companhia do outro, sem vontade de se distanciar”, diz a matéria.
Um estudo feito no Japão, liderado pelo pesquisador Takefumi Kikusui, mostra que essa ligação e liberação de ocitocina é fortemente presente na relação entre humano e cães, devido às trocas de olhares. “Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano. Como resposta ao hormônio, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos mais afiliativos, de cuidado, aumentando, assim, a concentração de ocitocina no cão”, conclui.
E vocês, amigos? Acham que mãe de pet também é mãe?
Foto: Dominika Roseclay / Pexels