No último final de semana, assisti ao filme “O Insulto”, que cai como uma luva em tempos de fanáticos políticos e religiosos. É muito bom e vale a pena assistir.
O roteiro é o seguinte: em Beirute, um incidente banal entre vizinhos é visto como um insulto, o que leva Toni, um cristão libanês, e Yasser, um refugiado palestino, para o tribunal. De feridas secretas a revelações traumáticas, o circo midiático que envolve o caso divide o Líbano em uma crise social, forçando Toni e Yasser a reconsiderarem suas vidas e preconceitos.
A inspiração para a história veio, em parte, de insultos que o próprio diretor, Ziad Doueiri, trocou com um operário de obra que ele molhou quando estava aguando suas plantas, em Beirute. A discussão foi rápida. Dias depois, porém, Doueiri perguntou a si mesmo: “E se uma história começasse com algo tão insignificante assim, um problema na calha, e em vez de ser resolvido, realmente se complicasse?”.
Fanatismo não leva a nada e tudo o que está acontecendo no mundo hoje só reforça isso. Não à toa, “O Insulto” foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro este ano. Ficou curioso para ver? O filme está em cartaz em São Paulo, no Caixa Belas Artes. Eu recomendo!
Assista ao trailer aqui: